7 tendências de mercado e inovação afetam a construção civil em 2019

Ano novo chega a esperança se renova. Para a construção civil, 2019 promete se tornar o ano de recuperação do PIB. Mas como você deve encarar a gestão da construtora e reagir? Leia aqui o cenário e decida!
inovação na construção civil
inovação na construção civil

Observe a fotografia acima. Ela se parece mais com um escritório ou com um corredor das áreas comuns de condomínios prediais? Pois a inovação leva você a responder que ambas as opções podem estar corretas. Afinal os projetos de construção têm obedecido a diversificadas tendências de mercado.

Mas como ficará o cenário em 2019?

Se depender da tecnologia na construção civil, você terá muito a comemorar e observar. Ela promete ser a melhor aliada de pequenos e médios negócios, sendo de grande ajuda na gestão da construtora.

Mas no que diz respeito às previsões, o mercado está difícil de ler. Em junho, o Sinduscon do Distrito Federal (DF) deu destaque ao crescimento de 1,5% no faturamento da indústria, em meados de junho de 2018. O que leva a um otimismo, pois essa recuperação tímida do mercado pode repercutir na construção civil.

Em julho do mesmo ano, empresários começaram a perder a fé na recuperação do mercado. Foram 16 quedas consecutivas do PIB do setor, que levaram a perceber que se está despencando mais vagarosamente, mas ainda não foi alcançado o ponto de recuperação.

O mercado da construção civil ainda sofreria mais um queda, a 17ª consecutiva, acompanhada da diminuição do faturamento da indústria. Muitos descrevem o momento como de espera. Afinal, o consumidor está receoso de assumir compromissos financeiros de longo prazo, diante da crise política com consequências econômicas que o país atravessa.

A retomada da construção civil parece que ficou para 2019 mesmo! E o que mais esse novo ano reserva? Confira a seguir.

1 – O ano da retomada dos projetos de construção

São muitas as construtoras que estão com projetos de construção engavetados. Para elas, 2019 tende a ser um ano em que, timidamente, eles deixarão a gaveta para ganhar terra e céu. Há muitos especialistas comprovando essa visão de futuro. Mas é preciso ter cautela.

O consultor Marcos Kahtalian evidencia, a partir de estudos conduzidos por sua empresa, que o mercado está ficando sem estoque, diante de um cenário em que o consumo tende a aumentar. E isso também é bastante perigoso, já que se chegou ao limite dessa situação de recessão.

Kahtalian mostra, ainda, que os projetos de construção voltados a financiamento pelo Programa Minha Casa Minha Vida, com orçamento de obra de até R$ 90 mil a R$ 255 mil (conforme recorte territorial), quase não foram afetados pela crise. As grandes incorporadores e projetos de alto padrão sofreram mais as consequências da crise.

Além disso, em 2019, o teto do programa de financiamento mais popular do país será ampliado, ficando entre R$ 95 mil e R$ 240 mil. O que também promete aquecer o setor.

Junte-se a isso o fato de, nas reuniões da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), a conversa ter mudado do tom lamurioso para esperançoso, com base nos novos lançamentos de mercado. Eles cresceram 119.7% entre o penúltimo e o último trimestre e 19,9% em comparação com o mesmo período de 2017.

2 – Novas parcerias

Em tempos de crise é hora de dar as mãos e buscar inovação. Foi o que a Votorantin, a Gerdau e a Tigre fizeram no final de 2018, com a criação da empresa Juntos Somos Mais. A parceria das três gigantes visa à oferta de programas de fidelidade para lojistas e profissionais da construção civil. Funciona como no cartão de crédito: você compra, ganha pontos e pode trocar por produtos.

3 – Empregos na construção civil

De acordo com o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), o Brasil 58.664 postos de trabalho com carteira assinada. Mas a construção civil registrou queda de quase 14 mil vagas fixas, com surgimento de 1.552 intermitentes. Mesmo fechando em baixa, a promessa de reaquecimento da indústria da construção civil alimenta as esperanças de melhora das oportunidades de trabalho.

4 – Bancos privados estudam financiamento de imóveis na planta

Há pouco tempo nem passava pelo planejamento de bancos privados a possibilidade de investir em um ramo arriscado: o dos imóveis na planta. Mas o cenário mudou e grandes Instituições Bancárias repensaram investimentos nessa área.

Com a mudança, bancos privados passariam a financiar o imóvel desde a projeto de construção, evitando a entrada na negociação somente após a entrega das chaves. Esse trâmite pode evitar uma prática denominada distrato, que significa a desistência do consumidor da promessa de compra.

O risco de inadimplência fica para a instituição bancária. Por isso não são todas que embarcaram nessa onda. Diferentemente do Bradesco e do Santander, que entraram no mercado dispostos a assumir a vanguarda e o risco, tanto do sucesso quanto do insucesso.

5 – Menos investimento público

Grande financiadora da construção civil, as obras de infraestrutura sofrerão o retrocesso de 15 anos demarcado pela aprovação do orçamento de 2019 e pela Emenda Constitucional nº 95, que congela os gastos governamentais em 20 anos. Os valores destinados a investimentos ficarão no mesmo nível de 2004.

Um panorama nada animador!

6 – Mais poder ao FGTS

Que o FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) ajuda a financiar imóveis, você já sabe. O que muda em 2019 é o fato de ser possível usar esse recurso em projetos de construção mais caros, que podem chegar a valer R$ 1,5 milhão.

Essa é uma notícia que deve animar construtoras que visam comercializar imóveis de alto padrão, que também poderão se tornar objeto de contrato de financiamento com valores de até R$ 500 mil.

7 – Tecnologia e espaços coletivos nos projetos

Já pensou em considerar o Home Office como tendência nos seus projetos de construção?  E avaliou a possibilidade de preparar as próximas plantas para automação residencial? Pois esses estão se consolidando como dois grandes atrativos em um futuro próximo.

A tecnologia na construção civil pode ganhar a forma de um sistema de gestão da construtora ou de ofertas ao consumidor. Elas estendem o controle de comodidades ao celular. Permitem chegar em casa e programar previamente o ambiente para estar climatizado, pronto para receber o morador. O mesmo vale para iluminação e som ambiente automatizados.

Os espaços coletivos também são tendência, segundo o Sinduscon (DF). Eles incluem as comodidades de academia, lavanderia, salão de festa, espaço de jogos e escritório de uso comum. Tudo isso com direito a Wifi livre nas áreas compartilhadas. A CBIC também aponta essa tendência.

Essa é uma característica de projeto de construção de grandes edifícios, mas que pode ser incorporada pelo pequeno e médio construtor. Basta mostrar ao cliente que o futuro do trabalho que ele exerce hoje pode ser Home Office. Por isso, além de quartos para os filhos, é preciso reservar, sim, um espaço para o escritório.

O teletrabalho é uma tendência que tem ganhado o mundo. Dados levantados pela OIT (Organização Internacional do Trabalho) apontam:

  • 51% dos suecos já eram Home Office em 2014;
  • 16% dos japoneses trabalham pelo menos oito horas por dia em casa;
  • 20% dos americanos têm a maior jornada executada no regime de teletrabalho.

No Brasil, pesquisa feita pelo Ibope, em parceria com a Microsoft, aponta um descolamento em relação à tendência mundial, com 83% dos entrevistados apontando que a empresa ou escritório é o local onde mais trabalham durante a semana.

E você, está pensando em se tornar um empresário Home Office em 2019?

Bom, de qualquer modo, o que você não pode deixar de fazer é de visitar o blog Obra Prima. Aqui você descobre tudo sobre a construção civil que afeta o pequeno e médio construtor.


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