Livro de Ordem e Diário de Obras: quais são as diferenças?

O Livro de Ordem é obrigatório para atividades desenvolvidas em obras e serviços de engenharia e se difere do Diário de Obras.

Livro de Ordem e Diário de Obras são dois documentos muito importantes no controle e prestação de contas das construtoras. Entenda as diferenças.

Obras dependem de uma série de detalhes e documentações específicas para que estejam dentro dos parâmetros esperados e regulamentações existentes. Sejam esses documentos exigidos por resoluções legais, como é o caso do Livro de Ordem, ou não, como o Diário de Obras, todas as informações têm validade e trazem benefícios para os negócios.

O sucesso de qualquer obra depende de informações claras e objetivas e de um alinhamento preciso na comunicação e execução do projeto planejado.

Conhecer o dia a dia do canteiro de obra, as responsabilidades de cada equipe e a eficiência e produtividade na realização de tarefas se torna, então, uma vantagem.

Um bom projeto é aquele finalizado sem atrasos e respeitando o orçamento, oferece qualidade e funcionalidade para os usuários e não cria, para o cliente, problemas a serem resolvidos de última hora.

Assim, tudo depende de engenheiros capazes de cumprir com as obrigações e metas previstas, seguindo os parâmetros especificados e monitorando cada detalhe do empreendimento.

É nesse momento que documentos como o Livro de Ordem e o Diário de Obras se tornam essenciais e determinantes nos resultados da construtora. No entanto, garantir que eles trabalhem otimizando os processos, e não tornando tudo mais burocrático e complicado do que deve ser, depende de conhecer bem seu uso.

Conhecer cada um dos processos existentes na construção civil e aplicá-los de maneira correta é sempre o primeiro passo para otimizar os processos de gestão, aumentando a qualidade e lucratividade dos projetos e garantindo a satisfação dos clientes.

Entenda aqui, então, o que são esses documentos, quais informações eles contêm, quais suas semelhanças e diferenças e como as construtoras podem utilizar esses dados para alcançar melhores resultados em cada obra.

O que é o Livro de Ordem?

Livro de Ordem é um processo de arquivo que garante o total conhecimento das atividades desenvolvidas em obras ou serviços de engenharia. Nele fica registrada a memória escrita dos projetos e é um documento obrigatório para construtoras.

Apesar de ter se tornado obrigatório no dia 1º de janeiro de 2018, o Livro de Ordem surge a partir da Resolução 1094 do Confea, do dia 31 de outubro de 2017. Sempre que a construtora precisar fazer uma solicitação para a Certidão de Acervo Técnico (CAT) de uma obra, o livro deve ser apresentado.

Em termos gerais, o Livro de Ordem é o catálogo de todas as ocorrências relevantes no desenvolvimento de uma obra. Sua elaboração é feita por meio da reunião de registros dos diferentes relatórios de todos os responsáveis técnicos do projeto. Essa é uma forma de que todos os técnicos possam ter um atestado de participação em uma obra, comprovando o trabalho realizado.

O que é registrado no livro?

O registro do livro é obrigação de cada responsável técnico envolvido na obra, devendo ser preenchido com informações cruciais para a comprovação de sua participação e das atividades desenvolvidas. Por esse motivo, o Livro de Ordem deve conter 3 grupos de elementos principais:

Dados da obra

Informações sobre o empreendimento, o nome do proprietário, de todos os responsáveis técnicos e suas Anotações de Responsabilidade Técnica (ART). O documento também deve conter as datas de início e data prevista de conclusão do projeto e de cada uma das etapas estabelecidas no planejamento.

É essencial apresentar ainda a posição física do empreendimento, acompanhando o cronograma de obra e sua evolução a cada visita técnica. 

Descrição de atividades e serviços

Devem ser apresentadas no registro, ainda, as informações sobre como a obra será executada e quais as medidas relevantes a serem adotadas para garantir que o projeto seja cumprido.

Além disso, é importante descrever as empreiteiras e subempreiteiras que serão envolvidas nas atividades, quais serão suas tarefas e os encargos envolvidos, além das datas para início e conclusão de cada serviço e o número da ART de cada uma.

Imprevistos

É essencial discriminar todo acidente ou dano material que ocorra durante a execução da obra, por quanto tempo os trabalhos foram interrompidos e por qual motivo foi necessária a pausa. Aqui, é importante apresentar qualquer imprevisto, seja ele financeiro, falha de entrega pelo fornecedor ou meteorológico.

É importante que o responsável pela etapa paralisada coloque as informações, seu parecer, as soluções oferecidas e assine sua responsabilidade sobre aquela etapa da obra.

Você se lembra do Diário de Obra?

O Diário de Obra, também conhecido como Relatório Diário de Obra (RDO) é uma forma de acompanhamento diário da evolução de cada projeto. Como já comentamos aqui no blog, é um documento que pode trazer diversos benefícios para a construtora, relacionados, principalmente, a otimização da gestão de obra e do orçamento.

Apesar de não ser uma obrigação legal, o Diário de Obra é essencial para evitar atrasos e prestar contas aos clientes. Ele mostra de maneira muito clara de que maneira a obra evolui diariamente, permitindo que solicitações de alterações sejam feitas de forma mais clara e as decisões sejam mais objetivas.

Um Diário de Obras eficiente contém:

  • Número de funcionários estão trabalhando em cada dia;
  • Dados sobre os funcionários;
  • Etapas e atividades realizadas naquele dia;
  • Fluxo de estoque do dia (entrada e saída de materiais e equipamentos);
  • Condições do clima;
  • Dados sobre erros, falhas ou acidentes que tenham ocorrido;
  • Elementos que tenham causado impedimento dos trabalhos;
  • Soluções aplicadas para os erros e impedimentos;
  • Alterações no projeto que tenham sido realizadas.

Além desses dados, o responsável pela obra deve acrescentar toda e qualquer informação sobre o dia de trabalho que seja relevante para aquele projeto.

É necessário, ainda, observar se as metas estabelecidas para aquele dia foram cumpridas e se foram identificados riscos que devem ser observados nos próximos dias.

Assim, o RDO se coloca como um documento essencial para monitorar as atividades do dia a dia, manter controle do cronograma e das planilhas de orçamento e supervisionar as atividades no canteiro de obra. Pode, ainda, ser uma forma de otimizar a comunicação entre as equipes.

Com um relatório que contenha todas as informações sobre o dia de trabalho é possível deixar mais claro quais atividades devem ser realizadas e corrigir problemas para o dia seguinte de maneira mais direta.

Outro ponto é a possibilidade de anexar imagens, tornando a visualização do projeto mais clara para o cliente, garantindo que a evolução seja mais palpável.

Quanto mais informações no documento, mais ele se torna uma prova legal das atividades, oferecendo maior segurança para trabalhadores, construtora e cliente.

Então, quais as diferenças entre Diário de Obra e Livro de Ordem?

Entender as diferenças entre os dois documentos depende, primeiro, de compreender que eles possuem semelhanças, o que torna o fato de serem confundidos por alguns profissionais algo compreensível.

Tanto o Livro de Ordem quanto o Diário de Obra são documentos legais, que registram a evolução do empreendimento e especificam quem são os envolvidos e os responsáveis. Considerando o grande número de detalhes que um projeto de construção civil possui, é essencial manter controle sobre essas informações.

São duas ferramentas muito eficientes no controle de orçamento, execução de etapas e cronograma. No entanto, garantam que esses benefícios sejam alcançados pela construtora por meio de diferentes estratégias.

A primeira diferença que deve ser notada é o fato de o Livro de Ordem ser um documento obrigatório por meio de uma resolução do Confea, enquanto o Diário de Obra é de escolha da construtora, uma opção de aprimoramento da gestão de obra.

Outra grande diferença é que cada projeto possui um Livro de Ordem, elaborado com base nos dados do planejamento, no resultado final e nas informações relevantes ao longo de cada etapa. O Diário de Obra, por outro lado, é feito todos os dias, ainda que a etapa iniciada ainda não tenha sido concluída.

O livro é um documento completo de dados técnicos, mas não possui todas as informações que o diário apresenta. Faltam dados cotidianos e não serve como uma boa forma de informar o cliente da evolução das atividades.

No processo de tomada de decisões, correções de problemas e identificação de riscos de atraso e para o orçamento, o diário é um documento mais essencial, uma vez que oferece uma visão mais profunda das atividades e de avaliação do resultado alcançado na conclusão do projeto.

Livro de Ordem e Diário de Obra: otimização de gestão e sucesso do projeto

A gestão de obra depende de boas ferramentas de controle das diversas etapas, atividades e setores de um projeto. O possuir dados concretos sobre o dia a dia da obra para oferecer ao financeiro e ao controle de estoque pode gerar grandes prejuízos.

Quando pensamos na obrigatoriedade do Livro de Ordem, vemos isso como único motivo para elaborá-lo. No entanto, é um controle por parte dos responsáveis que torna o controle diário mais simples e objetivos.

Dessa forma, se coloca como um complemento essencial para o Diário de Obras e a coordenação do dia a dia do canteiro.

Para construtoras que buscam otimização de processos de gestão, essa é uma combinação essencial e que deve ser levada a sério. Elaborar os dois documentos com máxima qualidade e detalhamento de dados é um diferencial muito importante.

Apenas com controle dos processos e obras é possível estar a frente dos competidores. A tecnologia pode ser um grande auxílio nesse momento, tornando a elaboração dos documentos ainda mais eficiente e garantindo que todos os dados sejam analisados de maneira correta.

Com um bom software de gestão de obras, é possível criar um Livro de Ordem e um Diário de Obras que cumpram com todos os requisitos legais e que ofereça as informações de maneira clara para que os responsáveis possam coordenar as equipes de maneira mais eficiente, aumentando a lucratividade e qualidade dos projetos.

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